domingo, 1 de dezembro de 2013

«Treinadores portugueses são inteligentes, atrevidos e acreditam que o conhecimento é o futuro»

Por SÉRGIO FREITAS TEIXEIRA

Jorge Castelo na primeira pessoa. Técnico foi campeão nacional duas vezes pela equipa principal do Benfica, primeiro com Erikson e depois com António Oliveira. Esteve este sábado na Madeira, a convite do Marítimo e da Vieira´s Sport Law (VSL) numa ação de formação sobre Metodologia de Treino.

O "boom" de treinadores portugueses, quer à frente da totalidade dos clubes da Liga, quer cada vez mais no estrangeiro (Portugal foi o país com mais treinadores nas provas da UEFA desta época) é facilmente explicável para Jorge Castelo.
«Nós somos inteligentes, atrevidos e acreditamos que o conhecimento é o futuro», observou o treinador que esteve 11 anos no Benfica em diversas funções.

O ponto alto foram os dois títulos conquistados, primeiro como adjunto Sven-Goran Erikson, em 1990/1991, e depois, novamente como número dois, mas de António Oliveira, em 1992/1993. Para além das cinco épocas de encarnado ao peito sempre como adjunto, Jorge Castelo foi o mentor do plano estratégico de desenvolvimento e estruturação do departamento de futebol do Benfica. Foi ainda diretor técnico do futebol de formação encarnado.

«O futebol é um jogo de decisões. Quanto mais rápido os jogadores decidirem uma jogada melhores eles serão. Isto aplica-se a todas as idades. Há que pensar rápido», explicava Jorge Castelo aos muitos treinadores presentes no auditório da Escola Horácio Bento de Gouveia para esta ação de formação sob o tema "Metodologia de Treino."

Carlos Pereira lembra os contrastes do futebol
O convite foi feito pela Vieira´s Sports Lax (VSL) em parceria com o Marítimo.
«As formações são muito importantes porque o saber não ocupa espaço e quanto melhor for o nosso nível de conhecimento mais facilmente o mercado de trabalho estará aberto. Estas iniciativas são positivas para aperfeiçoar o nosso quadro técnico tendo em vista dar melhor qualidade e consequentemente conseguir um melhor aproveitamento desportivo e financeiro», enaltecia o presidente do Marítimo Carlos Pereira que antes tinha feito as honras de abertura da palestra.

«A vida dos jogadores e dos treinadores pode mudar de repente. Um dia são bestiais, outro dia são bestas. Tinha um amigo que me dizia que o mais difícil no futebol é aquela hora e meia ao fim de semana. Ganhando somos os maiores, perdendo deixamos de prestar.»

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