Reintegração total de Gil Canha e afastamento dos assessores Miguel Iglésias, Andreia Caetano e Emanuel Bento centram 'negociações' entre Cafôfo, a vice da CMF e os vereadores da 'Mudança'.
POR PATRÍCIA GASPAR
Contra todas as expectativas, ainda não foi hoje conhecido o desfecho para a 'guerra interna' instalada na autarquia funchalense liderada por Paulo Cafôfo.
Tal como noticiou o Domínio Público, o edil esteve reunido com os três vereadores da 'Mudança' na manhã deste sábado. Cafôfo recusou uma deslocação ao hotel Estrelícia e o encontro acabou por se realizar nas instalações da Câmara Municipal do Funchal, sem que fosse alcançado qualquer acordo.
Apesar das ameaças, a vice-presidente Filipa Jardim Fernandes e o vereador indicado pelo PTP, Edgar da Silva, saíram do edifício camarário como detentores dos actuais pelouros, assim como Idalina Perestrelo que ainda não tornou pública a sua posição.
As negociações vão ser retomadas amanhã, num domingo que se adivinha difícil para Paulo Cafôfo. Ao que o Domínio Público apurou, em cima da mesa está a reintegração total do vereador Gil Canha e o afastamento de Miguel Iglésias, Andreia Caetano e Emanuel Bento.
Caso Cafôfo não recue no seu posicionamento face a Gil Canha, o cenário será mesmo de eleições intercalares. O líder da CMF precisaria de um entendimento com o partido de José Manuel Rodrigues, mas o CDS-Madeira recusa assumir pelouros na vereação executiva da Câmara do Funchal, remetendo para a coligação 'A Mudança' a responsabilidade de resolução deste imbróglio.
O clima de instabilidade na Câmara do Funchal já está a abalar o PS-Madeira. Victor Freitas está a ser pressionado pelos partidos da coligação. Na Rua da Alfândega, teme-se que este conflito venha a prejudicar seriamente a candidatura europeia de Liliana Rodrigues e a pôr em causa a liderança de Victor Freitas.
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