segunda-feira, 26 de maio de 2014

‘Casa de função’ da secção regional do Tribunal de Contas sem seguro multirriscos

Secção regional da Madeira do TdC tem receitas anuais de 691 mil euros e despesas de 949 mil euros.
Por EMANUEL SILVA
Uma auditoria externa à secção regional da Madeira do Tribunal de Contas (TdC) constatou que a ‘casa de função’ afecta à secção regional não tem seguro multirriscos.
O relatório de auditoria contém os resultados da verificação externa à conta de gerência de 2013 do Cofre Privativo da Secção Regional da Madeira do TdC. A auditoria incidiu sobre o período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2013.
“A BDO constatou que o imóvel ‘Casa de Função dos Ilhéus’ não dispunha de seguro multirriscos, tendo recomendado a sua contratação, ao que o Conselho Administrativo da SRMTC respondeu que é sua “(…)intenção vir a contratualizar, no primeiro semestre de 2014, um seguro multirriscos”.
As contas da secção regional do TdC, incluindo a conta do ‘Cofre-Madeira’ (o ‘Cofre-Madeira’ é um Fundo Autónomo que goza de personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira e tem património próprio), relativas à gerência de 2013, foram auditadas por uma empresa especializada, a ‘BDO & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.’.
No mais, o relatório de auditoria revela que a receita da secção regional do TdC, em 2013, ascendeu a cerca de 691,7 mil euros, constituindo os “Emolumentos”, com 672,5 mil euros, a principal fonte de financiamento do ‘Cofre-Madeira’, enquanto a despesa global atingiu um montante superior a 948,9 mil euros, em que as despesas com pessoal (774,3 mil euros) representaram 81,6% dos pagamentos.
O remanescente da receita respeita, essencialmente, a “Juros-Direção Geral do Tesouro”.
Por sua vez, o saldo da gerência anterior, no montante de 2,7 milhões de euros, constituiu a principal componente da receita própria.

No período 2012/2013, as despesas totais cresceram 34,0% (mais 240,5 mil euros), devido, principalmente, ao aumento de 212 mil euros registado nas despesas com pessoal, por insuficiência das dotações atribuídas à SRMTC pelo Orçamento do Estado.

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