sábado, 20 de setembro de 2014

CMF estuda mudança polémica que pode mexer com as chefias

Por PATRÍCIA GASPAR / SÉRGIO FREITAS TEIXEIRA
FOTO DR/arquivo



Vereadores da "Mudança" aprovaram ,na última quinta-feira, um parecer prévio para a realização de um estudo tendo em vista a aprovação de um novo organograma na Câmara do Funchal. Uma possível alteração que, segundo apuramos, está a gerar grande descontentamento no interior da autarquia.



Com os votos contra do PSD e abstenção do CDS e da CDU, os vereadores da 'Mudança' aprovaram, na passada quinta-feira, um parecer para a realização de um estudo no valor de 45 mil euros e cujo propósito é alterar o atual organograma da Câmara Municipal do Funchal.

Bruno Pereira, vereador do PSD na autarquia funchalense, falou ao Domínio Público sobre o documento, reconhecendo ser legítimo que do ponto de vista político quem esteja a liderar pretenda compor os serviços da forma que acha mais correta. O social-democrata deixa, contudo,  alguns reparos.

«Primeiro, estranhamos o timing desta intenção, ou seja, apenas um ano após a eleição, e depois também não percebemos que quem tanto se queixa de falta de dinheiro, venha agora fazer um estudo para mudar o organograma», criticou, revelando que a aprovação foi feita com base em ajuste direto com três empresas, dois delas unipessoais.

O antigo vice-presidente da Câmara do Funchal tem também dúvidas sobre a necessidade do recurso a serviços externos. «No passado, alterações deste cariz foram feitas no interior da autarquia, agora alegam que atendendo ao sigilo e à imparcialidade necessária esse estudo tem de ser feito fora», constatou Bruno Pereira.

O Domínio Público sabe também que a possível mudança de organograma no interior da Câmara do Funchal está a gerar grande insatisfação nos corredores da autarquia funchalense até porque, segundo apurámos, há quem tema que por detrás desta alteração esteja uma intenção de afastamento dos chefes de departamento e de divisão afetos ao PSD-Madeira e posterior substituição por elementos próximos do PS-Madeira. Esta insatisfação também se estende ao facto de no universo de quatro funcionários em Comissão de Serviço, a única renovação feita pela autarquia foi a de um elemento ligado um partido que integra a Coligação Mudança.

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