segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Fratricídio vai a julgamento a 22 de Novembro

Tribunal de Santa Cruz julga irmão que matou irmão no Porto da Cruz.

Por EMANUEL SILVA
O Tribunal de Santa Cruz, na Madeira, deverá começar a julgar, a 22 de Novembro, a partir das 14 horas, um caso de fratricídio ocorrido em Abril no Porto da Cruz, concelho de Machico.
O colectivo de juízes irá apreciar as razões que levaram à morte de José Porfírio da Silva Freitas.
A acusação é do Ministério Público (MP) tendo um outro familiar se constituído assistente no processo.
Os factos passaram-se na noite de 20 de Abril de 2013 e foram investigados pela Polícia Judiciária (PJ).
A casa onde ocorreu o crime fica isolada no sítio da Ribeira Tem-te Não Caias.
A vítima, com cerca de 50 anos morreu na sequência de um episódio violento, que envolveu um irmão, de 61 anos, agora arguido.
A morte do cinquentenário aconteceu no início da madrugada, na casa onde ambos viviam sozinhos há cerca de cinco meses.
Segundo noticiou, na altura, a imprensa, relatos dos vizinhos falavam de um relacionamento tenso entre ambos, marcado por discussões, quase sempre 'conduzidas' por consumo excessivo de álcool.
Daí que houvesse um prenúncio daquele desfecho trágico.
A casa onde ambos viviam fica no final do caminho da Ribeira Tem-te Não Cais, isolada das restantes habitações, já bastante dispersas pela paisagem. Apesar da distância, os vizinhos falavam em discussões frequentes entre ambos.
Sem testemunhas, a morte do homem está ainda envolta em mistério, não se sabendo ao certo quais os contornos nem se aconteceu numa situação de legítima defesa ou.
Na zona, falava-se que uma enxada teria sido a 'arma' utilizada. A PJ confirmou, depois, em comunicado.
“Na sequência de uma discussão, o arguido atingiu a vítima por várias vezes com uma enxada, provocando-lhe lesões na zona da cabeça que causaram a morte”, revelou a PJ.
A vítima mortal havia ficado viúva há cerca de cinco meses e foi então que passou a viver com o irmão. Tem uma filha com cerca de 20 anos, que depois da morte da mãe foi viver com a avó na Ribeira Brava.
Já o suspeito, agora arguido, esteve emigrado na África do Sul, de onde regressou há vários anos. É casado e tem um filho, mas a família permaneceu na África do Sul. Está preso preventivamente.

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