Por EMANUEL SILVA
O Tribunal de Santa Cruz, na
Madeira, deverá começar a julgar, a 22 de Novembro, a partir das 14 horas, um
caso de fratricídio ocorrido em Abril no Porto da Cruz, concelho de Machico.
O colectivo de juízes irá
apreciar as razões que levaram à morte de José Porfírio da Silva Freitas.
A acusação é do Ministério
Público (MP) tendo um outro familiar se constituído assistente no processo.
Os factos passaram-se na noite de
20 de Abril de 2013 e foram investigados pela Polícia Judiciária (PJ).
A casa onde ocorreu o crime fica
isolada no sítio da Ribeira Tem-te Não Caias.
A vítima, com cerca de 50 anos
morreu na sequência de um episódio violento, que envolveu um irmão, de 61 anos,
agora arguido.
A morte do cinquentenário
aconteceu no início da madrugada, na casa onde ambos viviam sozinhos há cerca
de cinco meses.
Segundo noticiou, na altura, a
imprensa, relatos dos vizinhos falavam de um relacionamento tenso entre ambos,
marcado por discussões, quase sempre 'conduzidas' por consumo excessivo de
álcool.
Daí que houvesse um prenúncio daquele
desfecho trágico.
A casa onde ambos viviam fica no
final do caminho da Ribeira Tem-te Não Cais, isolada das restantes habitações,
já bastante dispersas pela paisagem. Apesar da distância, os vizinhos falavam
em discussões frequentes entre ambos.
Sem testemunhas, a morte do homem
está ainda envolta em mistério, não se sabendo ao certo quais os contornos nem
se aconteceu numa situação de legítima defesa ou.
Na zona, falava-se que uma enxada
teria sido a 'arma' utilizada. A PJ confirmou, depois, em comunicado.
“Na sequência de uma discussão, o
arguido atingiu a vítima por várias vezes com uma enxada, provocando-lhe lesões
na zona da cabeça que causaram a morte”, revelou a PJ.
A vítima mortal havia ficado
viúva há cerca de cinco meses e foi então que passou a viver com o irmão. Tem
uma filha com cerca de 20 anos, que depois da morte da mãe foi viver com a avó
na Ribeira Brava.
Já o suspeito, agora arguido, esteve
emigrado na África do Sul, de onde regressou há vários anos. É casado e tem um
filho, mas a família permaneceu na África do Sul. Está preso preventivamente.
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