terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O polémico requerimento que nunca cumpriu com o regulamento da Liga

OPINIÃO
Por SÉRGIO FREITAS TEIXEIRA

No último dia 22, o presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga chumbou o requerimento de 14 clubes que visava destituir o atual presidente do organismo Mário Figueiredo.
Entre os clubes que subscreveram o documento estiveram dois clubes madeirenses. O Nacional e o União. Estas duas coletividades, juntamente com mais oito (Académica, V. Setúbal, Belenenses, V. Guimarães, Olhanense, Arouca, Tondela e Rio Ave) não tinham as suas quotas em dia à data da apresentação do requerimento de convocação.

Apenas quatro dos clubes requerentes preencheram os requisitos exigidos para pedir a assembleia geral extraordinária, o que não perfez o número mínimo de associados requerentes (sete) que está estabelecido no nº 4 do artigo 29º dos estatutos.
O União - e a par do V. Setúbal, Olhanense, Arouca e Rio Ave - está ainda impedido, de acordo com os estatutos, de requerer reuniões da assembleia geral até Junho de 2014. Clubes que no passado faltaram a convocatórias pedidas e impediram a realização de uma AG por falta de associados.

Presidente do Marítimo antecipava um mês antes o desfecho
Quase um mês antes do chumbo ao requerimento com a intenção de destituição, mais precisamente a 28 de Outubro, o presidente do Marítimo, em declarações ao programa Prolongamento da RTP Madeira, era bem claro:
«Não vai acontecer nada! O problema é que muita gente fala sem ver os regulamentos e estes não permitem tal coisa com essa leviandade. Eu conheço bem as partes e não é com vinagre que se apanha moscas. A teimosia de um lado e a teimosia de outro vai levar a que se acabe o campeonato e que o mandato do presidente da Liga termine», garantia, na altura o dirigente, continuando no mesmo tom e deixando no ar uma questão:
«As pessoas que reclamam não foram aquelas que reclamaram todos os outros presidentes que passaram pela Liga?», questionou o líder verde-rubro referindo-se essencialmente às lideranças de Hermínio Loureiro e de Fernando Gomes.

A verdade é que a possível destituição do presidente da Liga foi um assunto que fez correr muita tinta, mas depois de tantas críticas tudo ficou como estava na direção da Liga. Nos bastidores do futebol há quem fale numa tentativa de «assalto ao poder» da parte dos presidentes do Belenenses e da Académica.

Mário Figueiredo espera cumprir o mandato até ao fim.

2 comentários:

  1. Os jornalistas portugueses regem-se por um Código Deontológico que aprovaram em 4 de Maio de 1993, numa consulta que abrangeu todos os profissionais detentores de Carteira Profissional. O texto do projecto havia sido preliminarmente discutido e aprovado em Assembleia Geral realizada em 22 de Março de 1993.

    1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.

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  2. A opinião está devidamente assinalada e atribuída caro leitor. É sempre louvável encontrar por cá um jornalista bem informado sobre as normas deontológicas.

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