domingo, 9 de março de 2014

Governo Regional compromete recomeço das obras nos Barreiros


Por SÉRGIO FREITAS TEIXEIRA

Consórcio não recomeça os trabalhos sem o aval do Governo Regional para o contrato-programa, apurou o Domínio Público. Executivo sem condições para dar tal garantia na atual conjuntura. Obra corre o risco de voltar à "estaca zero".

É um duro revés nas aspirações do Marítimo. A Tecnovia/Zagope não aceita recomeçar os trabalhos no Estádio dos Barreiros sem uma garantia efetiva do Governo Regional no pagamento dos dois milhões e meio de euros acordados no contrato-programa entre as partes, o que até agora, segundo apurámos, não foi possível tendo em conta as atuais dificuldades financeiras.

Esta foi a principal conclusão da reunião entre o presidente do Marítimo, Carlos Pereira, e altos responsáveis das duas empresas de construção ao nível nacional realizada no último dia 27 de Fevereiro e então noticiada pelo Domínio Público. Nem mesmo o adiantamento de um milhão e 100 mil euros feito pelo Marítimo servirá para ajudar ao recomeço da obra com normalidade, já que até agora os trabalhos realizados por cerca de 10 por cento dos trabalhadores têm pouco significado no andamento das obras.

No fundo, o consórcio não pretende adiantar dinheiro - e teria de ser esta a solução em detrimento da banca - para uma obra que não tivesse o respetivo aval do Governo Regional, ou seja, que não tivesse garantias seguras de que as verbas seriam mesmo pagas ao consórcio. E mais: quando até já há uma dívida do que já foi feito a rondar os 10 milhões de euros...

Sem garantias
A questão neste momento prende-se essencialmente com o contrato programa feito para a conclusão da primeira fase da obra, na bancada nova, os tais dois milhões e meio de euros. Afinal, ainda não há garantias em relação a esse valor, nem tão pouco sobre os restantes valores dos contratos-programa seguintes, já que a ideia passava por elaborar um contrato-programa por cada ano, com um determinado valor, e não (como inicialmente tinha sido acertado) apenas um contrato programa para oito anos de obra.

Os próximos tempos são, então, de incerteza. Quando tudo parecia encaminhar-se para o recomeço das obras dos Barreiros ao fim de mais três anos de paragem, o Governo Regional acaba por comprometer o recomeço das obras porque, afinal, ainda não pode dar totais garantias de pagamento das verbas acordadas.

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