sexta-feira, 4 de abril de 2014

«O Marítimo está no meu coração: devo muito aos adeptos!»

Por SÉRGIO FREITAS TEIXEIRA

Marcos foi um dos guarda-redes mais importantes de sempre da história do Marítimo. Esteve sete épocas na Madeira, tendo defendido as redes verde-rubras em mais de 200 jogos, mais precisamente 208, entre Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga e ainda Liga Europa, na eliminatória com o Valência em 2008/2009. Depois de Ewerton, Marcos foi o guarda-redes estrangeiro que mais tempo esteve no Marítimo desde que o clube começou a disputar campeonatos nacionais. Agora com 37 anos, e a jogar no Paraná, do Brasil, Marcos falou ao Domínio Público sobre a carreira - que também teve momentos difíceis -, sempre com o Marítimo no coração.


- Depois de muitos anos no Paraná, do Brasil, chegou pela primeira vez à Europa em 2002 para representar o Marítimo. Como foi essa mudança?                            
- No começo, como toda a mudança, é sempre difícil, mas graças a Deus as coisas correram melhor do que eu esperava. A minha estreia na ilha da Madeira foi contra o FC Porto e saímos vencedores. Isso ajudou para dar uma boa continuidade ao trabalho.

- Esteve sete épocas na Madeira, sempre no mesmo clube e sempre como titular indiscutível. Como foram esses tempos?                      
- Foram tempos maravilhosos, de muita aprendizagem. Uma experiência incrível! Representar esse clube foi uma grande alegria. Além de profissionalmente ter corrido bem, nessa ilha linda formei a minha família. Nessas sete épocas que estive no Marítimo devo muito aos adeptos que sempre me apoiaram e me trataram com muito carinho.

- Depois de Ewerton, o Marcos foi o guarda-redes estrangeiro que mais tempo esteve no Marítimo desde que o clube começou a disputar campeonatos nacionais. Como se sente nesse papel?          
- Fico feliz pelo reconhecimento do meu trabalho. Para ser durante sete épocas titular do Marítimo é preciso ter qualidade.

- O que destaca mais da longa passagem pelo Marítimo?                
- Tive muitas experiências dentro e fora do campo. O acesso às competições europeias e os prémios individuais que conquistei, assim como o nascimento da minha primeira filha, a Ketlin, que tenho o orgulho de ser madeirense.

- Continua a acompanhar o campeonato do Marítimo?              
- Sim, pois o Marítimo está no meu coração. E torço muito por este clube.

- Acha que ainda é possível chegar à Liga Europa?
- Não está fácil mas ainda faltam 5 jogos, por isso tudo pode acontecer.

- O que acha do plantel verde-rubro?
- É uma equipa com qualidade mas não estão a conseguir regularidade nas exibições e nos resultados.

- Tem ainda algum amigo no plantel do Marítimo?
- Sim, no atual plantel ainda há atletas que jogaram comigo, casos do Briguel, do Luís Olim, do Fidélis e do João Luiz. Não posso deixar de lembrar do massagista Arnaldo, e do treinador de guarda-redes e amigo Quim. E, claro, também o senhor presidente Carlos Pereira.

- Porque é que decidiu não renovar o contrato com o Maritimo em 2009?
- Como todo o jogador eu tinha sonhos que gostaria de realizar, e agradeço ao Marítimo por querer renovar meu contrato na altura.

- O que se passou na época seguinte em que ficou uma temporada sem clube? Imagino que tenham sido tempos difíceis, depois de tantos anos a jogar muito e a ser um jogador importante para a equipa...
- Realmente foram tempos difíceis, pois não esperava passar por essa situação, mas infelizmente aconteceram e também serviram como aprendizagem.

NÃO JOGAR EM BRAGA «NÃO FOI POR FALTA DE EMPENHO OU QUALIDADE»

- Pela qualidade que já tinha demonstrado na Madeira, esperava certamente duas épocas bem melhores no Braga?
- Sim, é verdade, mas não foi por falta de empenho ou qualidade, pois dei sempre o meu melhor.

- Está agora com 37 anos e continua a jogar, no clube onde começou, o Paraná. É para jogar até quando, Marcos?
- Estou muito feliz por poder jogar ao mais alto nível com 37 anos de idade, ainda para mais a ajudar o clube que me lançou e a quem devo muito. Pretendo jogar enquanto tiver forças, porque amo o que faço.

- Qual foi o ponto mais alto da carreira e o momento mais difícil que passou em todos estes anos no futebol?
- Os pontos mais altos foram os títulos pelo Paraná Clube e também as conquistas pelo Marítimo.
O momento mais difícil foi o tempo que fiquei sem clube e os dois anos que estive no Braga.

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