A
novidade é avançada pelo Ministério das Finanças no relatório trimestral (1.º trimestre de 2014) ao
programa de resgate financeiro à Madeira assinado a 27 de Janeiro de 2012.
Por EMANUEL SILVA
O Ministério das Finanças recomenda à Madeira “uma
maior dinâmica nos processos de privatização, renegociação das Parcerias
Público Privadas (PPP) e venda de património, pelo contributo
que representam para a sustentabilidade da dívida e para a
consolidação orçamental da Região”.
A recomendação está vertida no relatório de
avaliação trimestral (1.º trimestre de 2014) do plano de resgate
económico-financeiro à Madeira assinado a 27 de Janeiro de 2012.
A Madeira prevê concluir o processo de alienação da Madeira Andebol
SAD, até final do 2.º trimestre de 2014;
tem negociações em curso com o sócio SECIL para
a privatização da ‘Cimentos Madeira’
“até final do 2.º trimestre de 2014”; a
privatização da ‘Horários do Funchal’ (HF) “confronta-se com a problemática de regularização dos terrenos onde a empresa se encontra localizada”;
a transmissão das acções da ‘Silomad’ “será concluída no
prazo máximo de 270 dias, pelo valor de 512 mil euros”; a reestruturação
na APRAM estará “concluída em Novembro de 2014”.
O documento divulgado sexta-feira concluiu que
“estão reunidas as condições para serem
desbloqueadas as tranches do
programa referentes ao 1º trimestre de 2014”.
O relatório confirma que a Madeira apresentou uma
versão reformulada da estratégia de pagamento da dívida comercial a qual se
encontra em análise por parte do Ministério das Finanças,
tendo em consideração a necessidade de a enquadrar com o
relatório final de reavaliação das obras em curso que se encontram
suspensas.
“Só a consolidação dos resultados destes dois
contributos irá permitir estabilizar a dimensão financeira que a execução das
obras em curso acarreta, permitindo assim delinear seu horizonte
temporal de execução”, conclui o relatório.
Numa óptica de contabilidade
nacional, de acordo com o
apuramento realizado pelo INE referente ao ano de 2013, o saldo orçamental da RAM cifrou-se
em 90,1 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 264,9 milhões de
euros face a 2012. É de salientar que este
resultado foi alcançado independentemente da receita da venda da concessão da ANA,
dado que o INE classificou esta operação como uma transacção financeira, sem
impacto no saldo orçamental.
Segundo o relatório, a RAM tem implementado um
conjunto significativo das medidas previstas no PAEF‐RAM referentes à
reforma das administrações públicas e redução de custos com pessoal,
racionalização do arrendamento de imóveis (através da transferência de serviços
para imóveis da RAM), bem como a execução várias medidas no sector da Saúde no
sentido da sua racionalização, de onde se destaca o estado
avançado da implementação da prescrição
electrónica de medicamentos”.
A informação referente ao 1.º trimestre de 2014 sugere que a RAM cumpriu os critérios do défice quer em contabilidade pública quer em contabilidade nacional. O cumprimento dos limites do programa, no período em análise, foi possível essencialmente graças à execução da receita acima do esperado, que se deveu sobretudo ao crescimento da receita fiscal.
No primeiro trimestre de 2014, o saldo orçamental, em contabilidade pública, relevante para efeitos de avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira da Região (PAEF‐RAM), foi de ‐44,0 milhões de euros, superando a meta definida para o período (‐61,2 milhões de euros).
No primeiro trimestre de 2014, o saldo orçamental, em contabilidade pública, relevante para efeitos de avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira da Região (PAEF‐RAM), foi de ‐44,0 milhões de euros, superando a meta definida para o período (‐61,2 milhões de euros).
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