segunda-feira, 23 de junho de 2014

Orfeão Madeirense lança estudo sobre as suas origens e história no séc. XX




O Orfeão numa das fotos dos velhos tempos áureos.








Por LUÍS ROCHA

O Orfeão Madeirense, uma colectividade cultural de inegável importância e que marcou durante quase um século o panorama musical madeirense, apresenta, no próximo dia 4 de Julho, pelas 18h30, no Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias, um livro de carácter historiográfico e documental que aborda parte significativa do seu historial.
Intitulado 'Orfeão Madeirense - das origens a 1957', o livro resulta de uma tese de mestrado em Estudos Artístico, defendida, nomeadamente, pela professora Maria Amélia Machado Rua na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e assume-se como uma edição do próprio Orfeão, apoiada pela Direcção Regional dos Assuntos Culturais, o que, para os dirigentes deste agrupamento dedicado, principalmente, ao canto coral, constitui um implícito reconhecimento das entidades oficiais da importância do mesmo na cena cultural da nossa ilha ao longo de décadas e décadas, e até à actualidade.
Conforme salientam, o Orfeão Madeirense é o grupo coral mais antigo da Madeira e um dos mais antigos de Portugal. Este ano, assinala o seu 95º aniversário com várias actividades. Quanto a esta obra, "vem divulgar aspectos já esquecidos ou pouco lembrados dos primeiros anos da sua existência, apresentando testemunhos, alguns escritos e outros orais, da enorme contribuição que a instituição deu à música coral e não só.
Em destaque, também, nesta edição, surge um capítulo dedicado ao Septeto Dr. Passos Freitas, que esteve íntimamente ligado ao Orfeão e no qual são recordadas várias curiosidades olvidadas pelo público em geral. Um outro capítulo desvenda às novas gerações a figura do próprio dr. Manuel dos Passos Freitas, conceituado musicólogo madeirense e director artístico das duas formações musicais.
 Conforme apurou o 'Domínio Público', na apresentação desta obra estará presente a autora, que se deslocará expressamente à Madeira para a ocasião, e ainda a secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, além do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, entre outras individualidades.
Maria Amélia Machado Rua, refira-se, licenciou-se em 1996 pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico da Guarda. Tem um mestrado em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e outro em Ensino da Educação Musical, que lhe foi conferido pela Escola Superior de Educação de Bragança do Instituto Politécnico daquela cidade.
Actualmente, trabalha no Agrupamento de Escolas de Montalegre. Porém, prestou serviço entre os anos de 2000 e 2004 na Escola Básica e Secundária com 3º Ciclo Dr. Horácio Bento de Gouveia. Foi dessa passagem pela Região que nasceu a ideia do trabalho sobre o percurso do Orfeão Madeirense.
Amélia Rua foi ainda formadora em várias instituições, como o Centro de Formação de Montalegre, o 'Magna Voce' (Funchal) e o Sindicato dos Professores do Norte. Frequentou cursos de Pedagogia Musical em Portugal e no estrangeiro e participou nas visitas de acompanhamento no âmbito das Actividades da Comissão de Acompanhamento ao Programa de Actividades de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico, na qualidade de perita em 'Ensino da Música' designada pela Associação Portuguesa de Educação Musical.
Actualmente, integra a Direcção da Casa do Professor de Chaves.

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