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Quintino Costa diz que, face às exigências de independência partidária definidas pelo líder da CMF, Miguel Iglésias não deve acumular funções no PS e na autarquia. PTP-M denuncia chantagem às estruturas de Junta de Freguesia.
Por PATRÍCIA GASPAR
O
PTP-M quer que Miguel Iglésias suspenda o exercício das suas funções como chefe
de gabinete de Paulo Cafôfo. Em causa está a candidatura de Iglésias à
concelhia do Funchal do PS-M, um
procedimento que vai ser oficializado hoje, pelas 18h30, na sede socialista,
na Rua da Alfândega.
Quintino
Costa, dirigente do Partido Trabalhista, lembra que foi o actual presidente da
Câmara Municipal do Funchal quem impôs, durante a candidatura à liderança da autarquia, a independência partidária.
“Logo à partida, o candidato Cafôfo deixou claro que não queria na equipa de vereação ninguém ligado aos partidos, não queria ter dentro da câmara disputas partidárias, nem fazer da câmara um palco de influências partidárias", afirma o porta-voz do partido de José Manuel Coelho acrescentando que “perante esta exaltação do independente, o director de campanha, de seu nome Iglésias, abanou a cabeça".
Para
Quintino Costa, a cessação da actividade é o comportamento mais lógico que se exige de
Iglésias. O dirigente partidário acusa
ainda Paulo Cafôfo de ter ficado amnésico em relação às suas exigências logo após
a vitória. “O director de campanha passou a chefe de gabinete, cargo que
sempre acumulou, e muito bem, com as funções de dirigente do PS. Agora, o
ex-director de campanha e dirigente do PS, até já é candidato à concelhia do
partido no concelho onde é adjunto da presidência”, critica.
Quintino
Costa vai mais longe e acusa Iglésias de chantagear algumas estruturas de Junta
de Freguesia. “O pior disto tudo parece ser o ultimato dado aos presidentes de
junta do seu partido: 'ou apoiam-me ou a ligação entre a câmara e as juntas
sofrerá consequências’, acusa.
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