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GIL VICENTE -2
Por SÉRGIO FREITAS TEIXEIRA
Marítimo respira de alívio e ganha, finalmente, ao fim de seis jornadas. Há dois meses sem vencer, verde-rubros fizeram exibição convincente que só pecou por escassa.
Pressionado para vencer, Pedro Martins apostou, praticamente, no mesmo "onze" - trocou Leoni por Wellington e o castigado Márcio Rozário por Igor Rossi -, equipa que esteve em grande nível em Alvalade e acertou em cheio. O resultado final foi, da mesma forma, 3-2 mas agora com a vitória a sorrir aos verde-rubros. E que vitória!
O nervosismo evidente nas bancadas contrastava com a concentração no relvado dos jogadores que, com uma alma imensa, e uma vontade ainda maior, dominaram toda a primeira parte, com Heldon, aos 13 minutos a traduzir no resultado essa tendência. Uma vantagem que não durou muito já que um dos maiores erros do Marítimo durante todo o jogo - falha de marcação e falta de entendimento entre Rúben Ferreira e Igor Rossi - permitiu ao Gil Vicente voltar a empatar o jogo, por Paulinho.
Os madeirenses não acusaram o golo e Derley, com um cabeceamento fulminante e indefensável, fez explodir um Caldeirão, o que há muito não acontecia.
Contra o corrente do jogo, os homens de Barcelos fizeram o 2-2 num lance bafejado sorte (livre direto marcado por César Peixoto e a bola é desviada por um jogador verde-rubro para o fundo das redes de Wellington.)
No regresso aos balneários - e com Artur no lugar de Weeks - o Marítimo entrou decidido a provar em números que era, de longe, a melhor equipa em campo e o golaço de Alex Soares, aos 55, provou-o. Até ao fim foram os madeirenses que mais estiveram perto do 4-2 do que o Gil Vicente do empate. Oportunidades que, durante os 90 minutos, foram sempre em maior número para os verde-rubros, que pelo que fizeram em campo, mereciam um resultado mais volumoso.
Os verde-rubros não venciam para o campeonato há dois meses e voltaram às vitórias nos Barreiros o que já não acontecia desde a primeira jornada, ou seja, há três meses, quando venceram o Benfica por 2-1.
O Marítimo foi mais pressionante, decidido, esclarecido e bem mais perigoso do que o adversário e conseguiu uma vitória preciosa que retira a equipa do fundo da tabela e, acima de tudo, vem trazer maior motivação a todo o plantel - equipa técnica, inclusive - para os próximos jogos do campeonato. Arouca, fora, e Nacional em casa.
Análise individual (Notas de 0 a 5)
Wellington - 3
O guarda-redes brasileiro não acusou a estreia absoluta no campeonato. Esteve seguro
João Diogo - 3
Menos ofensivo do que Rúben Ferreira mas fechou bem o flanco direito
Gegê - 4
O melhor da defesa. Sempre muito atento na marcação. Cortou um golo certo na 1ª parte
Igor Rossi - 2
Com culpas no primeiro golo do Gil Vicente. Não deu segurança ao eixo defensivo
Rúben Ferreira - 3
Divide culpas com Igor Rossi no 1º golo do Gil Vicente, mas teve um papel ofensivo importante
João Luiz - 3
Incansável no miolo verde-rubro em funções defensivas. Faltou maior acerto nas saídas para o ataque
Theo Weeks - 2
Começou bem o jogo, com muita velocidade, mas com o passar do tempo foi ficando inconsequente
Alex Soares - 4
Exibição personalizada do jovem médio vindo do Benfica, coroada com um grande golo.
Sami - 3
Jogou para o coletivo mas parece menos confiante nas jogadas individuais e nas arrancadas pela linha
Derley - 3
Ponta de lança de grande classe, fundamental nas manobras ofensivas da equipa. E marcou mais um
Heldon - 4
O melhor em campo. Endiabrado, transpira confiança e contagia a equipa. Merecia mais um golo
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Artur - 2
Entrou ao intervalo e não trouxe nada de novo à equipa.
Danilo Pereira -----------
Reforçou o meio campo verde-rubro a dez minutos do fim
Patrick Bauer --------
Poucos minutos em campo
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