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Por PATRÍCIA GASPAR
Recém eleito, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava é já alvo de contestação.
Em causa está a decisão do Executivo de Ricardo Nascimento designar três vereadores a tempo inteiro, mais um cargo do que no mandato do seu antecessor, o social-democrata Ismael Fernandes.
A decisão - tornada pública em edital, no passado dia 22 - caiu mal entre alguns populares e membros da oposição no concelho ribeira-bravense que acusam o actual líder camarário de ter sido demagogo ao prometer contenção nas despesas.
Entre as vozes mais críticas está o deputado do Partido Trabalhista Português (PTP) na Assembleia Municipal da Ribeira Brava. Marco Almas diz que a manutenção de mais um vereador vai custar à autarquia "cerca de 15 mil euros ou mais" e lembra que, em tempo de crise, "a ordem deve ser para poupança máxima".
O porta-voz do PTP entende que esta designação de mais um vereador serve apenas para perpetuar a antiga vereação no poder. É que a manter-se apenas dois vereadores a tempo inteiro, esses cargos seriam ocupados por Marcelino Pereira e Natália Rodrigues, deixando Rui Gouveia sem pelouro.
"Desta forma ficam os mesmos vereadores do tempo do anterior presidente - o Marcelino Pereira e o Rui Gouveia - e mete-se mais um - a enfermeira Natália Rodrigues- em vez de se cumprir a promessa de tentar reduzir custos e de controlar a despesa", critica.
Marco Almas vai mais longe e diz que esta designação só acontece para salvaguardar "Rui Gouveia que mal conseguiu votos para ser eleito" e avança: "mais um vereador a tempo inteiro significa mais gastos com um secretário para o apoiar e ajudas de custo, entre outras coisas".
Sobre este assunto, o Domínio Publico tentou ouvir, sem sucesso, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento.
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