Estava
há seis meses na Madeira mas a PJ do Funchal não tinha qualquer participação
contra o professor de educação especial detido por pedofilia a 21 de Fevereiro último.
"Sou pessoa séria, educada, muito exigente
comigo e com os outros. Sinto amor pela vida que mergulho todos os dias sem
saber quando encontrarei o fundo, o fim mais que certo de algo que nada
existe!"
É assim que se apresenta, no LinkedIn, o professor
de 34 anos, mestre em educação especial que, a 21 de Fevereiro último, foi
detido no Funchal por suspeita da prática de crimes de abuso sexual de menores.
Pelo menos de uma dezena de crianças, número que pode ser superior nos últimos
sete anos.
"Trabalhar na Educação Especial é trabalhar na
constante conquista de ajudar crianças e jovens a sentirem-se melhores e que
são capazes de ultrapassar as suas dificuldades", prossegue o jovem
natural de Marco de Canaveses.
Detido pela PJ do Porto “pela presumível prática de
vários crimes de abuso sexual de crianças, todas do sexo masculino, com idades
entre os seis e dez anos, crimes cometidos em diversos municípios do país”,
está agora em prisão preventiva no norte do país.
O suspeito foi professor de Educação Especial
durante 3 anos e seis meses no Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra,
em Lisboa (entre Setembro de 2010 e Agosto de 2013). Antes havia sido professor
de Educação Especial durante 11 meses no Agrupamento de Escolas Rainha Santa
Isabel, em Leiria (de Outubro de 2009 a Agosto de 2010). Antes ainda havia sido
coordenador das Actividades Extra-Curriculares (AEC´s) na Câmara Municipal de
Marco de Canaveses durante 2 anos (de Outubro de 2007 a Setembro de 2009).
Formado no Instituto Superior de Ciências
Educativas, o suspeito foi detido no Funchal onde, no último ano lectivo, dava
aulas de educação especial na escola do Centro de Reabilitação Psicopedagógica
da Sagrada Família (CRPSF), em São Roque, no Funchal.
O suspeito tinha concorrido para a Madeira no ano
lectivo 2013/2014, tendo sido colocado na Escola Básica do 1.º Ciclo do CRPSF,
instituição das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus que acolhe, em
regime de internamento, cerca de 240 crianças com necessidades especiais e
adolescentes oriundos de famílias desestruturadas.
Noutras paragens, o suspeito foi treinador
desportivo das camadas jovens mas tal não havia acontecido, ainda, na Madeira.
Por cá, até à detenção, não havia qualquer participação contra o suspeito ou que houvesse suspeita que algumas
das vítimas fossem madeirenses.
Em comunicado, a PJ referiu que quando a conduta do
arguido "suscitava suspeitas, o mesmo transferia-se para novas funções
noutra cidade". Estava a apenas seis meses na Madeira.
No âmbito da investigação, que teve início em 2012,
foi possível recolher "elementos probatórios" dos crimes, incluindo
fotografias.
Sem comentários:
Enviar um comentário