quinta-feira, 24 de julho de 2014

'Mudança' promove convívio em dia de eleições


FOTO Jornal da Madeira
Por PATRÍCIA GASPAR

Evento acontece no mesmo dia em que a Concelhia do Funchal do PS vai a votos e a menos de uma semana da Assembleia Municipal extraordinária que visa debater a participação de Paulo Cafôfo numa acção de campanha de Miguel Iglésias, actual chefe de gabinete da CMF.





No mesmo dia em que a Concelhia do Funchal do PS-Madeira vai a votos para validar a sua nova liderança, a Coligação ‘Mudança’ reúne-se, amanhã, a partir das 20h30, num jantar-convívio, em Santo António.

O encontro acontece a menos de uma semana da Assembleia-geral extraordinária que vai discutir, entre outros temas, a participação do presidente da Câmara Municipal do Funchal numa acção de campanha de Miguel Iglésias, actual chefe de Gabinete da CMF. Esta opção de Cafôfo não agradou a todos os partidos, ao ponto de ter desencadeado uma petição para a realização de uma discussão extraordinária.

Apesar de rejeitada pela organização do jantar, a ideia de que este evento tem por detrás uma intenção de cimentar a liderança de Paulo Cafôfo tem sido bastante reiterada nos últimos dias. “Trata-se somente de um jantar-convívio … de quem participou na campanha, de diferentes partidos... até marcarão presença membros do PND”, referiu ao Domínio Público, fonte da organização.

Recorde-se que tanto o Partido da Nova Democracia - estrutura dinamizadora da Assembleia Municipal Extraordinária - como o Partido Trabalhista Português vieram a público tecer duras críticas a Paulo Cafôfo, tendo o PTP exigido, através de Quintino Costa, a suspensão das funções de chefe de gabinete da CMF.

Quintino Costa mantém as suas críticas, embora adiante que os eleitos do PTP são livres de ir, ou não, ao jantar. “Eu não vou por motivos de agenda e por falta de apetite, mas acho normal que, num jantar da Coligação, se apoie o líder”, ironiza o dirigente trabalhista.

Já o representante do MPT-Madeira, Roberto Vieira, não confirma a sua presença no jantar por motivos de agenda familiar. “Devo comparecer ao restaurante, mas não fico para jantar por motivos familiares”, refere.

Tanto Roberto Vieira como Rodrigo Trancoso, líder da Mesa da Assembleia Municipal do Funchal, consideram, a título pessoal, que Paulo Cafôfo é livre de escolher as iniciativas em que participa. “Não tenho que me pronunciar sobre uma opção pessoal de Paulo Cafôfo: ele não estava lá como presidente da Câmara do Funchal”, defende Rodrigo Trancoso.

Opiniões aparte, a verdade é que a autarquia funchalense vê-se de novo envolta em mais uma contenda, com Paulo Cafôfo a ter de se explicar, já no próximo dia 29.

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