Por SÉRGIO F. TEIXEIRA
Ao Domínio Público, o presidente
da Câmara de Santa Cruz falou sobre a polémica em torno do pagamento da água e da eletricidade aos clubes e casas do povo do concelho. Filipe Sousa garante que a autarquia não pode assumir despesas que não tenha.
- Está já em vigor o corte no pagamento da luz da parte da Câmara de Santa Cruz aos clubes do concelho. O que esteve na base desta tomada de posição?
- A Câmara de Santa Cruz não pode assumir despesas que não tenha, ou seja, das quais não tenha responsabilidade direta. Na auditoria realizada foi identificada uma situação ilegal que estava a acontecer e que era o pagamento da água e da eletricidade da parte da Câmara de Santa Cruz aos clubes e Casas do Povo do concelho.
- O corte entrou em vigor no último mês de Julho, mas houve um aviso prévio?
- No que respeita aos clubes, e para não prejudicar uma época desportiva que estava em andamento, decidimos, cumprindo para isso um dispositivo legal, continuar a assumir esses pagamentos de Janeiro até ao último mês de Junho. Agora, desde o início deste ano que os clubes já têm conhecimento da nossa decisão.
- Estamos a falar de gastos de que ordem?
- Havia clubes que consumiam 3, a 4 mil euros/mês em eletricidade e outros que só gastavam entre 100 e 200 euros, logo, havia uma grande assimetria entre o que cada um gastava. Queremos fazer uma gestão responsável e endireitar as contas.
- No global, quais eram os valores que atingiam os gastos com a luz?
- Por mês, estávamos a pagar mais de 15 mil euros em eletricidade para os clubes do concelho e também para as Casas do Povo.
Novo regulamento de apoio aos clubes parado
- A Câmara de Santa Cruz vai poder apoiar os clubes de alguma forma?
- Temos já previsto um novo regulamento de apoio aos clubes e associações do concelho, mas o PAEL impede-nos de contratualizar.
- Também em relação aos transportes, houve, entretanto, outro problema.
- Os transportes são outro problema porque houve clubes a fazer investimentos nessa área para transportarem crianças de escolas, mas do ponto de vista legal essa não é uma responsabilidade dos clubes que só podem transportar crianças que participem nas atividades do clube. É também uma questão que envolve seguros.
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